04/12/2015 às 15h40 - Divulgação / UFMA
O nome social irá constar em todos os registros, documentos e atos da vida acadêmica. (Foto: Internet)
|
A partir de agora, universidade deve garantir que todos tenham o direito de sempre ser chamado oralmente pelo seu nome social, sem menção ao nome civil. O nome social irá constar em todos os registros, documentos e atos da vida acadêmica.
A mesa de abertura da solenidade foi composta pela discente de Hotelaria, Giulia Naomi Costa Rodrigues; a professora Linda Rodrigues, representando os membros da Comissão Social; a pró-reitora de Ensino, professora Isabel Ibarra Cabrera. Na ocasião foi reafirmado pelos membros que a data simboliza a garantia de um direito, alcançado através pela resolução.
A pró-reitora de Ensino, Isabel Ibarra, afirma que através da resolução a UFMA está atendendo a um direito de uma parcela da comunidade acadêmica que deseja ser reconhecida pela sua identidade de gênero. “Além disso, é importante levantar e refletir esse tema para que se possa repensar sobre o preconceito e a transfobia. A continuidade de todo esse trabalho se dá com a conscientização da nossa comunidade acadêmica”, contou.
A pró-reitora também mediou a mesa-redonda “O nome social como ferramenta de inclusão de transexuais e travestis na UFMA” com a presença da mestra e doutora em ciências sociais, Juciana de Oliveira Sampaio e a mestre em direito instituições do sistema de justiça, Tuanny Soeiro Sousa, ambas integrantes do grupo de estudos de gênero, memória e identidade (GENI/UFMA). A mesa discutiu assuntos referentes ao tema e levantou questões sobre políticas de permanência e uma análise da recepção da resolução.
A estudante Giulia Rodrigues contou que a motivação pessoal à fez seguir em frente até chegar o dia de ver essa resolução aprovada. “Senti na pele a necessidade de lutar por diretos que assegurassem o nome social”. O desgaste de explicar todo semestre a um professor o uso do seu nome social fez com que Giulia desse início a um processo para chamar a atenção para a causa. “Eu iniciei minha indignação de forma silenciosa, colocava nas provas, trabalhos e seminários o lema da universidade (a universidade que cresce com inovação e inclusão social), sempre destacando o “inclusão social”, seja em negrito, itálico ou em aspas”, destacou.
A atenção de um professor fez com que a aluna iniciasse o processo de batalhar pela resolução. A pró-reitora de ensino, Isabel Ibarra, abraçou a causa e criou uma comissão para tratar da resolução que tornasse oficial a adoção do nome social na UFMA. “Sempre foi levado em conta que a resolução não passasse por cima das leis existentes, abrangendo a todos de forma politicamente correta”, acrescentou.
Para Giulia, a principal ferramenta de inclusão continua sendo o respeito. “Essa medida - a resolução - é um convite. A universidade, agora, está de braços abertos para todos”, ressaltou.