Greve de professores da UFMA completa um mês

10 de julho de 2015

/ Redação ImperaNews
O movimento grevista tem realizado uma série de atividades de discussão sobre temas como a qualidade da educação pública, transporte público, movimento negro, entre outros.

 10/07/2015 às 12h44 - Redação ImperaNews, com informações da assessoria
O movimento reivindica melhorias de ensino e carreira dos professores. (Foto: Divulgação/Assessoria)
IMPERATRIZ - Os decentes de seis cursos do campus de Imperatriz da Universidade Federal do Maranhão estão em greve desde o dia 10 junho. A paralisação, que tem âmbito nacional, reivindica principalmente melhorias nas condições de trabalho e ensino e combate ao corte no orçamento da educação. Até o momento, o corte é de R$ 9,4 bilhões das universidades federais de todo o país.

Também fazem parte da pauta de reivindicações a conclusão de obras inacabadas e transparência quanto aos gastos; garantia de infraestrutura e assistência estudantil em todos os Campi; contra qualquer forma de privatização no âmbito da universidade; reposição imediata das perdas salariais de docentes e trabalhadores em educação; e a revogação da Resolução CONSAD 161/2014 (que trata da progressão dos professores) e reabertura do debate sobre a carreira docente.

Contando com o apoio dos alunos dos cursos paralisados, o movimento grevista tem realizado uma série de atividades de discussão sobre temas como a qualidade da educação pública, transporte público, movimento negro, entre outros. Também fazem parte a programação atividades culturais como apresentações musicais, de artes visuais e cinema, sempre com a valorização dos grupos locais.

O professor Salvador Tavares destaca que a ideia da greve não é o esvaziamento da universidade pela ausência das aulas, e sim a ocupação de desses espaço pelos professores, alunos e também pelos movimentos sociais. “Isso é muito simbólico, pois já conseguimos trazer vários movimentos que nunca tinham entrado na universidade, como a Umbanda e o Hip Hop”, ressalta.

Com a precarização da universidade, não apenas os professores são prejudicados, mas todos os envolvidos. Com poucas verbas, a universidade tem suas ações de ensino, pesquisa e extensão comprometidas. Compreendendo isso, os alunos também estão participando ativamente do movimento.

Ato Público
Para marcar a data e reforçar a luta do movimento, ocorreu nesta quinta-feira (09) um ato em defesa da educação pública. Reunidos com faixas e cartazes, os presentes se concentraram a frente da universidade e como forma de protesto interditaram as ruas próximas.

Coordenado pelos professores e estudantes da UFMA que estão em greve, o ato contou com representações dos sindicatos municipal e estadual da educação (Steei e Sinproesemma), lideranças da Previdência social, Movimento Sem Terra (MST), Movimento dos moradores do Santa Rita, Coletivo Mandacaru, Sindicato dos Urbanitários, Movimento pelo Transporte Público, Unidade Classista e entre outras.
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