Estudantes da UFMA buscam apoio no MPF após interdição de salas de aula

13 de janeiro de 2017

/ Redação ImperaNews
A transferência dos alunos foi determinada pela diretoria da UFMA, após a interdição de 14 salas de aula pelo Corpo de Bombeiros.

 13/01/2017 às 19h58 - Redação ImperaNews, com informações do CA Direito UFMA
Comissão buscou apoio da Procuradoria do MPF para acompanhar a situação. (Foto: Divulgação/CA Direito UFMA)
IMPERATRIZ - Na manhã desta sexta-feira (13), professores e representantes de acadêmicos da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Campus Centro, estiveram reunidos na Procuradoria do Ministério Público Federal (MPF), em Imperatriz, para tratar sobre a mudança de alunos dos cursos noturnos do Campus Centro para o Campus Bom Jesus. A transferência foi determinada pela diretoria da UFMA, após a interdição de 14 salas de aula do bloco de madeira pelo Corpo de Bombeiros.

Na oportunidade, professores e alunos apontaram os problemas estruturais apresentados no Campus Centro, concordando que as más condições de estrutura das salas resultaram na interdição, porém, se manifestaram contrários a transferência para o Bom Jesus. Eles alegam que passariam a ter muitas dificuldades, como a falta de estrutura para a ida de todos os cursos noturnos e a distância do campus e risco de assalto elevado no período da noite.

Os acadêmicos também alegam que algumas atividades de extensão não podem ser deslocadas para o Bom Jesus (Empresa Contábil Júnior, Núcleo de Práticas Jurídicas, Núcleo de Práticas Pedagógicas, Brinquedoteca e grupos de pesquisa do curso de Sociologia). Além disso, existe um elevado número de alunos que moram em outras cidades e fretam transportes direcionados ao Campus Centro.

O Centro Acadêmico do curso de Licenciatura em Ciências Humanas deixou claro seu posicionamento contrário a mudança de campus, considerando, entre outros fatores, o índice de evasão de alunos no curso, que hoje se encontra numa média de 52% e tende a aumentar, caso haja a transferência.

Segundo o coordenador geral do Centro Acadêmico do curso de Direito, Antonio Jefferson Sobral, o MPF se colocou à disposição para acompanhar o processo de transferência. "Isso é muito importante para a comunidade acadêmica, pois o MPF atuará na fiscalização do processo evitando que o mesmo ocorra de forma arbitrária e/ou ilegal".

A diretoria da UFMA ainda não vai se posicionar sobre o assunto. Por enquanto, é fato que a quantidade de turmas dos cursos noturnos é bem maior que a quantidade de salas disponíveis no Campus Centro. A UFMA, no momento, não tem outra alternativa senão a transferência.

Na reunião, tanto os docentes quanto os discentes presentes afirmaram que estão lutando pela conservação de um patrimônio histórico material, não aceitando assim que o abandono do campus seja visto como a única solução dos problemas que a reitoria, há muitos anos, já tem consciência. Eles esperam que seja feita a manutenção e futuramente ampliação de forma vertical do campus.
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